Livro de pesquisadora do IFF/Fiocruz é premiado com o Prêmio ABEU


No dia 18 de novembro, em São Paulo, a coordenadora de Promoção da Saúde da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde e professora do Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulher (PPGSCM) do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), Adriana Castro, recebeu o Prêmio da Associação Brasileira das Editoras Universitárias (ABEU) como o segundo melhor livro de Ciências Humanas do ano de 2022.

A cerimônia de entrega do Prêmio ocorreu no dia 18 de novembro, às 18h, no teatro da Unibes Cultural em São Paulo


O livro "Mulheres dos Cabelos Brancos - cartografias do cuidado de si no mundo do samba", publicado pela Editora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (EdUERJ), é resultado da pesquisa de doutorado de Adriana no IFF/Fiocruz, em que discute os processos de medicalização da vida e do envelhecimento a partir da experiência da Ala dos Cabelos Brancos, velha-guarda do Grêmio Recreativo Escola de Samba Império Serrano.

“Foi uma surpresa a indicação da editora e ainda mais quando vi a lista com os finalistas. É uma pesquisa feita com muito carinho e atenção, que já foi escrita em formato de livro, então eu tenho muito a agradecer a professora e pesquisadora do IFF/Fiocruz, Claudia Bonan, pela liberdade que ela me deu de escrever usando como referência a voz das pessoas do mundo do samba, seja pelas letras dos sambas que estão incorporadas no texto, quanto pela liberdade de entrevistar as mulheres dos cabelos brancos”, conta Adriana.

Claudia Bonan e Adriana Castro no relançamento do livro, que ocorreu no Espaço Saúde & Letras, no 13° Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, em Salvador, no dia 22 de novembro


A partir de depoimentos das mulheres da Ala dos Cabelos Brancos e de compositores e sambistas que integram esse universo cultural, além de dialogar com autores de diversos campos do pensamento, a autora investiga como as senhoras do samba lidam com as representações e conceitos de vida saudável, e se elas demonstram algum tipo de resistência à medicalização da vida, entre outros aspectos.

“Sem dúvidas, é uma pesquisa qualitativa que se comporta com a vivência, experiência, voz e reflexão dessas mulheres a quem eu devo toda a atenção, acolhimento e disponibilidade de conversar e contar suas histórias e experiências. Sem elas, que são as minhas coautoras da pesquisa e do livro, nada disso aconteceria. Então, a liberdade de estar com elas, de conviver e me aproximar dessa experiência foi muito importante”, comenta a pesquisadora.

O conteúdo constrói um viés crítico sobre a produção e circulação de discursos e práticas ligados à medicalização da vida e sua promessa de saúde e longevidade calcada na adoção de um modo de viver baseado na hiperprevenção. “Estou muito feliz por ter o livro reconhecido e premiado pela ABEU, porque isso abre um outro caminho, uma outra possibilidade dentro do próprio PPGSCM e para a Saúde Coletiva de novas pesquisas e alunos”, comemora Adriana.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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